Cinema 2014 - Os filmes gays que marcaram o ano

Dentre ficções e documentários, algumas produções se sobressaíram

Publicado em 25/12/2014
Ano foi de poucos, mas importantes filmes arco-íris

O ano de 2014 não foi muito prolífico em produções cinematográficas LGBT, mas foi o suficiente para algumas delas quebrarem paradigmas.

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Na seara nacional, o destaque incontestável ficou por conta de Hoje Eu Quero Voltar Sozinho. O longa de Daniel Ribeiro, que conta a história de um adolescente cego que descobre estar apaixonado por um colega de escola, começou o ano conquistando dois prêmios inéditos no Festival de Berlim

Sensível e solar, o filme chegou à marca de 200 mil espectadores e foi o primeiro de temática arco-íris a ser escolhido para representar o Brasil na categoria de melhor película estrangeira. Ainda que nao tenha ficado entre os pré-finalistas, foi um voo e tanto.

Praia do Futuro dividiu opiniões de forma pública. O drama de Karim Ainouz, sobre o romance de um salva-vidas e um motoqueiro, ganhou, infelizmente, mais atenção da imprensa pelos desavisados homofóbicos que deixavam as salas de exibição do que pela grande obra que passeava entre Brasil e Alemanha.

O ano teve dois bons documentários: o primeiro sobre um ícone da MPB e outro sobre uma figura da noite. Olho Nu sublinhou a relevância da trangressão de Ney Matogrosso, enquanto que Castanha nos apresentou um ator gaúcho reencenando seus dramas familiares e pessoais.

As comédias Do Lado de Fora e O Casamento de Gorete flertaram com estereótipos, mas arrancaram risos ao tocar no tema da discriminação.

No campo internacional, Clube de Compras Dallas conseguiu a proeza de levar os dois prêmios masculinos de atuação no Oscar. O drama de Jean-Marc Vallée consagrou Matthew McConaughey, como um caubói hétero e Jared Leto, como uma transexual viciada em drogas, ambos soropositivos e aliados em um esquema de vendas de medicamentos para combater o HIV no auge da epidemia.

Um gênio francês da alta-costura foi celebrado em dois longas. O primeiro que foi lançado, Yves Saint Laurent, assinado por Jail Lespert, é a versão chapa-branca que teve o aval do ex-companheiro, Pierre Bergé. Já Saint Laurent,  também focava na relação do casal, mas expandiu o horizonte para ao flerte do estilista com as drogas e o submundo S&M junto ao amante Jacques de Bascher.


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