A herpes genital, infecção sexualmente transmissível (IST) e incurável, pode ganhar uma vacina que a previna.
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Pesquisa realizada com animais foi capaz de aumentar significativamente a produção de anticorpos pelo organismo e proteger conta sua contaminação.
Segundo o UOL, no estudo, os porquinhos-da-índia que foram vacinados e depois expostos ao vírus herpes simples apresentaram menos lesões genitais, menor replicação viral no organismo e menor período de capacidade de disseminar o vírus para outros animais, em comparação a uma outra vacina em testes.
Cientistas usaram uma forma geneticamente editada do vírus que causa o herpes labial (HSV-1), reconfigurada para impedir que o vírus se escondesse nas células do sistema nervoso - mecanismo que o HSV usa para inibir a resposta imunológica do organismo e ficar para sempre no corpo.
Doze animais receberam a imunização e após serem expostos ao vírus da herpes genital (HSV-2), somente um desenvolveu a doença. Em outra vacina já testada, cinco apresentaram a doença.
A nova vacina também diminuiu o período de disseminação do vírus de cerca de 29 para 13 dias.
O próximo passo é testar uma vacina com o vírus modificado da herpes genital, que pode ser ainda mais eficiente.
Há quatro décadas estuda-se vacinas contra a doença. A dificuldade é porque o HSV invade células nervosas e se "esconde" no núcleo de neurônios. Mesmo após a herpes - seja labial ou genital, o vírus continua nos neurônios e volta se manifestar em situações de estresse ou de queda de imunidade.
A pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade de Cincinatti, da Universidade Northwestern e da Universidade de Nebraska-Lincoln, nos Estados Unidos,e publicada na revista Nature Vaccines.