A Prefeitura de Florianópolis está decidida a acabar com a prática de sexo na Praia da Galheta, conhecida nacional e internacionalmente como lugar para naturismo.
Desde a semana passada, guardas municipais passaram a circular pelo local e colocaram avisos sobre a proibição desses atos. A corporação também usa drone para monitorar a área.
De acordo com a imprensa local, a vigilância será frequente.
Em entrevista à CBN Floripa, a vice-prefeita e secretária de Segurança Pública da capital, Maryanne Mattos (PL), falou sobre um "mapa do sexo" que circula na internet que serve de guia para quem busca encontros sexuais na região.
"Hoje há um desvirtuamento daquele local. Virou uma praia que se vende na internet para encontros sexuais ao ar livre, prostituição. Há, até um mapa do sexo. Há assédio e uso de drogas. Por isso que iremos ocupar o território. Quem vai à Galheta hoje encontra gente nas moitas, nas tocas, fazendo sexo. Há casos de turistas assediados", afirmou Mattos.
A Galheta é local famoso no Brasil pelo naturismo e indicada em publicações voltadas à essa prática. No entanto, desde 2016, o naturismo é oficialmente proibido ali após decisão da Câmara de Vereadores.
A vereadora lésbica Carla Ayres (PT) tem enfrentado a tentativa de acabar com o naturismo na região.
"O prefeito Topázio Neto [PSD] persegue que os praticam naturismo pacificamente na Galheta desde a década de 1970", ela publicou no Instagram nesta segunda 24.
A Galheta é acessível pela Praia Mole, historicamente a praia mais gay da capital catarinense, e também sempre atraiu, além de surfistas e praticantes do naturismo, o público homo e bissexual.
Postagem da Guarda Municipal sobre a fiscalização (abaixo) recebeu muitas críticas.
"Há 20 anos que moro aqui e sei que a Gallheta tem nudismo. Com 42 praias, não custava deixar uma pra quem quer ser o pelado da praia", opinou uma moradora.