Violentada por Marco Feliciano, Patrícia Lélis pede perdão a LGBT

Sua militância incluía atuação forte contra movimento arco-íris. Agora, ela é grata a nós

Publicado em 09/08/2016
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Jornalista acusa Marco Feliciano de estupro, assédio sexual e agressão

Quer um grande exemplo de que o mundo dá voltas? A jornalista Patrícia Lélis, que integrava o grupo jovem do PSC - um dos partidos mais contrários aos direitos LGBT no Brasil - agora pede desculpas por ter atuado contra a cidadania arco-íris. 

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A lição não veio pelo amor, mas sim pela dor. Patrícia, de 22 anos, registrou boletim de ocorrência na noite do domingo, 7, em Brasília, contra o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), por tentativa de estupro, assédio sexual e agressão.

Soldado fiel da cruzada homo e transfóbica do partido e do pastor, a jornalista fez desabafo em seu Facebook na segunda 8 com mea culpa e pedido de perdão a LGBT e feministas. A razão? Seus antigos correligionários a atacam, e os movimentos sociais, por outro lado, a apoiam na busca por justiça contra a violência que ela sofreu. 

"Temos que encarar a realidade do momento e perceber que, até agora, milhões de pessoas estiveram do meu lado – incluindo grupos feministas e grupos LGBT que sempre critiquei veementemente –, mas praticamente nenhuma deles era um político ou intelectual dito de direita. Estes, antes de averiguar as fraudes e mentiras espalhadas, que se acumulam aos montes, prontamente trataram de se movimentar para me chamar dos piores nomes possíveis.

[...] Aprendi nos últimas dias que quando as mulheres e pessoas sensatas se unem, o caso não morre. Deixo aqui minhas sinceras desculpas a todos os grupos que um dia eu ofendi, e que hoje são os que me ajudam."

 


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