Personalidades homossexuais de Floripa relatam quando sentiram orgulho LGBT

Publicado em 28/06/2014

Palavra "orgulho" é usada para combater vergonha que homofóbicos desejam que LGBT sintam

Como forma de enfrentar a repressão policial, LGBT americanos gritavam "pride" (orgulho) nos anos 1960 e 1970, mais notadamente na Revolta de Stonewall. Aí, por três noites - de 27 a 29 de junho de 1969 -, agentes de segurança pública, mais uma vez, foram ao bar Stonewall Inn, em Nova York, para prender LGBT. Foram recebidos com garrafadas, pedras e gritos de empoderamento. 

A data tornou-se histórica, deu origam ao Dia Internacional do Orgulho LGBT, 28 de junho, e definiu para o sempre: LGBT não se submeterão ao preconceito e não sentirão vergonha de serem o que são, pelo contrário, terão orgulho! 

Para marcar os 45 anos da revolta, o Guia Gay Floripa pediu a três personalidades LGBT da cidade para relatar um momento em que tal orgulho foi sentido de forma intensa. 

Tiago Silva (PDT), vereador licenciado e atual secretário de Assistência Social da Prefeitura de Florianópolis.
"Foi ter sido o vereador mais votado de Florianópolis em 2012. Não foi uma vitória qualquer. Foi uma grande conquista que representa milhares de pessoas, não só gays, mas negros e pessoas do morro como eu. De simplicidade estampada no rosto. Foi a vitória da quebra de barreira das famílias oligárquicas da cidade. Dizer que é possível ser negro, homossexual, nascer no morro e brilhar na política."

Pedro Abel, produtor e radialista.
"Eu fui convidado com meu namorado para o casamento do meu melhor amigo. Eu jurava que a família dele inteira era homofóbica. No convite, veio escrito:'Pedro Abel e Horácio'. Fiquei passado! No mais, sempre fui motivo de piadas, sofri bulliyng, e aí me vi com meu namorado no meio daquela turma toda com a qual cresci, e todos comemorando o casamento do meu melhor amigo hétero!" 

Carla Salazário Ayres, presidente da ONG Acontece - Arte e Política LGBT.
"Senti esse orgulho quando, além de descobrir minha lesbianidade, me vi como sujeito político, quando percebi que, além de algo pessoal, eu poderia lutar por direitos iguais a partir dessa minha identidade. Foi incrível ver que eu poderia atuar para que mais pessoas pudessem sentir-se bem como eu me sinto."

 


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