Gay, ex-vocalista do Savage Garden se levanta contra Donald Trump

Artista também relatou como sofreu, desde mais novo com bullying e, depois, com a falta de legislação igualitária

Publicado em 01/02/2016
Darren Hayes, do Savage Garden, diz que sofreu bullying por ser gay e pede que fãs não votem em Donald Trump
Australiano, Hayes se mudou para os Estados Unidos há três anos

O cantor Darren Hayes, que ficou famoso no final dos anos 1990 com o duo Savage Garden, disse que sofreu bullying quando mais novo por ser gay e que pensou em suicídio. Seu depoimento, em página no Facebook, teve como finalidade pedir para que os norte-americanos não votem em Donald Trump para concorrer à presidência do país.

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"Eu me defendi a maior parte dos meus anos no Ensino Fundamental e no Ensino Médio de provocações que sabiam que eu era gay antes mesmo de eu saber. Ser chamado de viado e às vezes apanhar era bem normal", escreveu o cantor. 

Aos 43 anos e vivendo em parceria civil com o animador Richard Cullen desde 2005, Hayes elogiou o país que o abrigou há três anos e reconheceu o casamento - ele é da Austrália, país onde a união homossexual não é legalizada.

"Eu estou cansado de sofrer bullying, estou cansado de homens de terno dizendo às mulheres o que fazer com seus corpos, e de famílias felizes como a minha e de Richard serem como uma mancha nesse mundo."

O cantor alertou seus seguidores a respeito de Donald Trump, o favorito à indicação às eleições presidenciais dos Estados Unidos pelo Partido Republicano. "Este homem é extremamente perigoso se você valoriza a compaixão, a inclusão e o caminho amoroso como os direitos humanos mudaram o mundo", disse.

Depois, ele dá indícios que pensou em tirar a própria vida por causa da discriminação a sua orientação sexual. "Antes de uma enorme mudança na opinião pública, eu vivi por anos com a vergonha, odiando a mim mesmo e às vezes tão deprimido que eu queria deixar esse planeta. Imagine viver num mundo onde a maioria das leis diz que vocês era uma abominação, não era igual." E encerra com um pedido. "Por favor, se você ama a mim ou qualquer LGBT, não apoie esse homem."

Trump já se declarou contra diversos segmentos vulneráveis, como os imigrantes. A respeito dos arco-íris, em 2015, o milionário afirmou que o casamento gay era um "assunto morto" e que nada poderia ser feito contra. Na semana passada, entretanto, ele não descartou a hipótese de, caso vá para a Casa Branca, coloque vários ministros conservadores no Supremo Tribunal Federal para reverter a decisão de junho do ano passado que declarou inconstitucional a proibição ao casamento homossexual em qualquer Estado do país.

As primárias para as eleições começaram por lá nesta segunda-feira 1º no Estado de Iowa e seguem até 14 de junho em Washington D.C. Essa fase decide quais candidatos disputarão a presidência do país pelos partidos Democrata e Republicano. A eleição final será realizada em 8 de novembro.

 


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