5 lições que Mahmoud, do BBB 18, já deu aos gays

Poliglota, desinibido e assertivo: participante deixou marca positiva nos primeiros dias

Publicado em 27/01/2018
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De família muçulmana e de cultura homofóbica, Mahmoud é exemplo de afirmação

Como reality show (show da realidade), o BBB 18 fez bem ao incluir, ao menos, uma pessoa LGBT. Trata-se do psicólogo e sexólogo Mahmoud, de Rondônia. 

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Poliglota, bem articulado, inteligente, de fácil amizade (pelo visto)... Essas são características gerais dele. Mas o brother, já nos seus primeiros dias, também passou bons exemplos para nós gays mais especificamente e para toda a comunidade arco-íris! 

1) Assumidíssimo e orgulhoso
Falou que era gay no vídeo de apresentação, logo que chegou à casa, trata abertamente sobre sua orientação sexual e já expressou orgulho por n vezes. 

2) Desfaz o conceito de "privilégio"
Tapa na cara da sociedade? Também. Isso porque o sexólogo é um afronte inclusive para parte do ativismo LGBT que tenta dividir a comunidade dentre privilegiados e não-privilegiados.

Sim, ele é branco, sim, ele é graduado, mas é de uma família muçulmana e de cultura muito homofóbica. Adiantou uma etnia e uma formação dada como privilegiadas frente a essas outras características? Enfim, paremos de nos subdividir e mensurar dor! 

3) Expressa desejo sexual
Gay que faz rir, gay amigo da mulherada... Tá, legal, mas e aí, cadê a sexualidade? Mahmoud trata de um crush dentro da casa, pede (e ganha) strip dos tidos héteros machões, mas também lamenta a previsão de que não vai beijar ninguém! De toda forma, o desejo dele por homens está claro, posto! Isso é muito importante! 

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Brother pediu e ganhou striptease dos tidos machões héteros: sim, gay e com desejo sexual

4) Não aceita palavra de cunho negativo
Ainda sem intimidade com ele, a sister Ana Paula chamou-o de "viado", algo que ela trouxe da convivência, como ela mesmo expressou, com amigos gays dela. 

Mahmoud não aceitou o tratamento, fez discurso para que ninguém o chame com esse nome e transformou o caso em motivo para votar nela ao paredão. 

Um homossexual aceitar, é de cada um. Alguns tratam a palavra até como ressignificação do sentido pejorativo do termo, mas há quem não goste. Mahmoud deu o recado! 

5) Ter uma boa índole
Dentre os LGBT que passaram pelo reality, houve um tido como fofoqueiro, outra como paranóica e um como surtado mesmo! Pelo que mostrou nos primeiros dias - reforça-se o pequeno período de tempo - Mahmoud dá passos para entrar na galeria positiva de gays tais como Jean Wyllys. 

Não, ninguém é obrigado a ser um bom rapaz. Mas é bacana sim ter alguém do bem nessa vitrine midiática. 


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