Ben Affleck criticou a própria atuação e falou sobre dificuldade de beijar outro homem no longa-metragem Procura-se Amy (1997).
Para o ator, seu constrangimento em trocar carinhos com Jason Lee era homofobia internalizada.
"Para mim, o que era interessante na época, é que o filme fazia referência a um espectro da orientação sexual. Porque, para mim, a homossexualidade entre os dois amigos era muito sugestiva. Como é um relacionamento amoroso entre dois homens? Temos amizades com homens que amamos muito. Também era sobre olhar para isso, o quão semelhantes são essas amizades com os relacionamentos homossexuais?", disse o ator de 52 anos à revista Us Weekly.
"Acabei tendo que confrontar minha própria homofobia internalizada, porque foi muito difícil beijar Jason. Eu pensei: 'Isso é muito constrangedor. Tipo, claramente é algo internalizado, por que mais isso seria algo difícil de fazer?'."
Mesmo que Ben sinta-se orgulhoso do longa por ajudar a "expandir limites" na sociedade na época, ele odeia sua atuação e gostaria de refilmá-lo.
"Ainda acho que fiz um trabalho merda e nada convincente, e fico decepcionado por isso. Eu adoraria ter a chance de fazer uma versão melhor. Mas acho que agora a ideia de interpretar um personagem gay não seria aceita", disse o ator, em referências às críticas de parte do ativismo LGBT quando um ator heterossexual interpreta um personagem gay.
Dirigido por Kevin Smith, Procura-se Amy fala de dois amigos, Holden (Affleck) e Banky (Lee) que trabalham fazendo revistas em quadrinhos. Quando Holden se apaixona por Alyssa (Joey Lauren Adams), que é lésbica, Banky passa a sentir ciúmes dele.