Consagrada no 90º Oscar, no último domingo, como a primeira pessoa transgênero a apresentar a cerimônia, Daniela Vega sentiu o gosto amargo da discriminação assim que voltou a seu país natal, o Chile.
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Andrés Zarhi, prefeito de Ñuñoa, na região metropolitana de Santiago, recusou entregar um título de cidadã ilustre à atriz alegando que o nome impresso era de um homem.
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"A quem estaremos entregando o prêmio? Se temos a identidade de um homem, não podemos entregá-lo a uma mulher", disse Zarhi, diante das câmeras, na terça-feira 6, segundo a BBC.
No Chile, transexuais não podem alterar seus nomes em documentos de acordo com sua identidade de gênero. "Na minha identidade tem um nome que não é meu, porque o país onde nasci não me dá a possibilidade. O tempo vai passando e estamos esperando", disse Daniela, após encontro com a presidente chilena, Michelle Bachelet.
Daniela foi celebrada principalmente por ser a estrela de Uma Mulher Fantástica, filme de Sebastián Lelio, que deu ao país o primeiro Oscar de filme estrangeiro, este ano.