Após passar por uma das piores experiências de sua vida, um casal lésbico brasileiro sofreu novo revés.
Kátyna Baía e Jeanne Paolini tiveram vistos negados para os Estados Unidos por causa da prisão injusta a que foram submetidas.
Em março de 2023, as goianas embarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Ao chegarem em Frankfurt, na Alemanha, foram detidas e assim permaneceram por um mês e uma semana.
A polícia alemã encontrou 40 quilos de cocaína em uma das malas apontadas como delas e as acusou de tráfico internacional de drogas.
As etiquetas das malas foram trocadas em Guarulhos e a mala repleta de droga não era das goianas.
Elas só foram libertadas após a Justiça brasileira enviar vídeos à Justiça alemã que mostravam que nenhuma das malas despachadas por Kátyna e Jeanne era aquela com cocaína e que houve adulteração nas etiquetas.
Elas entraram com pedido de indenização e a Justiça alemã determinou pagamento de R$ 15 mil para cada uma por causa da situação a que foram submetidas.
A viagem aos Estados Unidos estava sendo planejada há seis meses.
"Já tem quase dois anos que fomos presas na Alemanha devido ao golpe da mala, devido à falta de segurança no despacho da bagagem no aeroporto de Guarulhos", afirmou Jeanne em vídeo divulgado em suas redes sociais.
"Nós estamos aqui nos recuperando, planejando as nossas viagens, retomando as nossas vidas, curando as cicatrizes, que são várias, várias camadas foram afetadas, e aí pagamos tudo, deixamos tudo organizado há mais de seis meses e, mais uma vez, mais uma frustração pela vulnerabilidade e da baixa segurança do Aeroporto de Guarulhos", diz Kátyna.
A concessionária que administra o aeroporto, a GRU Airport, o Consulado dos Estados Unidos e o Ministério das Relações Exteriores não quiseram se pronunciar à reportagem.
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