Estudo revelou que uma certa quantidade diária de própolis pode ajudar a aumentar a imunidade e reduzir inflamações de pessoas que vivem com HIV.
Realizada pela bióloga Karen Ingrid Tasca, do Instituto de Biociências de Botucatu, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a pesquisa apontou significativa redução na concentração de um marcador de estresse oxidativo em soropositivos que consumiram 500 miligramas (mg) diários de própolis.
Também foi observado ligeiro aumento na capacidade antioxidante total, refletindo no combate aos radicais livres.
Segundo a bióloga, um dos problemas enfrentados por quem vive com HIV - mesmo com o vírus controlado e indectectável no sangue - é o envelhecimento precoce, que pode ser de dez a 20 anos mais rápido em relação a quem não tem HIV, por causa da deterioração da imunidade mais acelerada, além do desenvolvimento precoce de comorbidades, como diabetes, hipertensão e tumores.
Esse processo de envelhecimento precoce ocorre porque, além de o sistema imunológico ser ativado constantemente, esses pacientes tem inflamação crônica.
"O estresse oxidativo causado pelo vírus e pelos próprios antirretrovirais possui grande impacto nesses pacientes. Na tentativa de reduzir esses processos patológicos e melhorar a qualidade de vida e a sobrevida, há necessidade de intervenções que minimizem esses efeitos. Entre os diversos produtos naturais existentes, a própolis, que é uma resina, possui esse potencial, pois apresenta propriedades antioxidante, antiviral e anti-inflamatória reconhecidas", explicou a bióloga à Agência Brasil.
Um outro estudo, também da Unesp e publicado em 2022, já havia apontado a própolis como alternativa para melhorar a resposta imune e reduzir inflamação em pacientes assintomáticos.
Em 2022, de acordo com o Ministério da Saúde, foram notificados 35,2 mil casos de infecção por HIV no País.
De 1980 a junho do ano passado, já foram detectados 1.088.536 casos de HIV. No mundo, o número passa de 84 milhões.
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