Hospital das Clínicas, de São Paulo, deu início a pesquisa para saber se pessoas com HIV precisam tomar três em vez de duas doses da Coronavac ou, pior, se elas não conseguem desenvolver imunidade contra a covid-19 com esse medicamento.
Par tal, serão vacinadas 1.500 pessoas com o vírus do HIV ou enfermidades reumatológicas, outro grupo focado no estudo.
A pesquisa engloba, segundo a CNN Brasil, 2 mil pessoas - as 500 restantes não se enquadram nas situações anteriores. Haverá comparação dentre as reações imunológicas.
O objetivo é saber qual o efeito daquelas enfermidades no processo de proteção contra o coronavírus. Um fato precedente motivou a dúvida.
Análise de dados do DataSUS - departamento de dados do Sistema Único de Saúde - mostrou, por exemplo, que pessoas com lúpus têm 70% mais chances de morrer em decorrência do novo coronavírus.
Todos os participantes do estudo receberão as duas doses da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan.
De acordo com o Hospital das Clínicas existem três possibilidades da relação de pessoas com HIV ou com doenças reumatológicas: a de que elas ficam imunes da mesma maneira que as outras, a de que produzam menos anticorpos que as demais pessoas (aventa-se aí a possibilidade de se indicar até três doses da Coronavac neste caso) e a terceira e pior possibilidade, de que esse grupo não produza anticorpos e, portanto, precisará viver sem ser imunizado.