Transexuais são tema de 'Liberdade de Gênero', nova série do GNT

Amanda Guimarães, Liniker e a escritora Letícia Lanz são algumas das retratadas na série dirigida por João Jardim

Publicado em 09/10/2016
A transexual Amanda Guimarães que comando o canal Mandy Candy no YouTube é foco de Liberdade de Gênero, programa do GNT
Amanda tem um canal com mais de 330 mil seguidores no YouTube

Transexuais e pessoas com gênero fluido serão retratados em Liberdade de Gênero, nova série do GNT que chega à TV na quarta-feira 19.

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Na estreia, a atração focará em Amanda Guimarães, youtuber que comanda o canal Mandy Candy, com mais de 330 mil seguidores na rede de vídeos. O programa resgata a história de Amanda, de 28 anos, desde sua infância, a descoberta como transexual, com depoimentos de amigos e da família, até sua viagem à Tailândia para fazer a cirurgia de redesignação sexual.

João Jardim, que dirige a série, já tratou de LGBT em outras atrações para o canal, como Família É Família, que mostrava diferentes configurações e definições de constituição familiar, e Amores Livres, que falou a respeito do poliamor.

"A gente pegou momentos cotidianos, tentou documentar a inserção dessas pessoas trans dentro das famílias delas. Todas têm relações afetivas sólidas, são bem amadas, fugindo do estereótipo das pessoas trans", destacou o diretor, ao jornal Correio 24 Horas. 

Jardim, que também tem no currículo excelentes documentários como Janela da Alma (2001) e Lixo Extraordinário (2010), reforça que a ideia de Liberdade de Gênero é sair da visão superficial e mergulhar na rotina dessas pessoas transgênero, para que se entenda a realidade delas e se conheça como são incluídas na sociedade. "Essa série aproxima essas pessoas de nós mesmos. Essa pessoa é igual a mim, a qualquer um de nós, só que ela é transgênera, ela não é uma doente", pontua.

Dentre as 14 pessoas retratadas, o programa ainda trará a cantora Liniker, o funcionário público cearense Sillvio Lúcio (que foi foco do sensível doc Olhe pra Mim de Novo, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, de 2012) e a psicanalista e escritora Letícia Lanz.

"Nasci macho, sempre quis ser mulher e gosto de mulher. Então eu era uma aberração até para o gueto. Não me incluo nem como homem, nem como mulher, nem como trans. Eu sou Letícia Lanz, uma construção de mim mesma", conta Letícia. "Outra coisa: eu não nasci no corpo errado, eu nasci na sociedade errada. Meu corpo está certo."


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