A modelo brasileira Lea T, de 34 anos, teria se arrependido de fazer a cirurgia de redesignação sexual. Segundo o colunista Leo Dias, do jornal O Dia, a top model teria revelado a amigos que lamenta ter feito a operação, em 2012, mas não de ter aceito sua identidade feminina. Ela não cogita, por exemplo, voltar a se chamar Leandro Medeiros Cerezo ou usar roupas masculinas.
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De acordo com o colunista, a modelo passa a maior parte do tempo longe do mundo glamuroso das celebridades, reclusa na fazenda da família, em Minas Gerais. "Ela chega a pegar o avião disfarçada com peruca e óculos escuros. Quem conhece a moça, diz que a modelo vive rezando e não vê solução para sua vida", escreveu Leo Dias.
O jornalista, no entanto, embaralha duas questões completamente diferentes. O profissional diz que por causa do provável arrependimento a respeito da cirurgia, a modelo não se relaciona mais com homens.
O fato de Lea T se identificar como mulher não a obriga - tendo ou não pênis - a namorar homens. Uma coisa é sua identidade de gênero, que continua sendo feminina. Outra, é sua orientação sexual. Há homens trans que têm atração por homens e mulheres trans que têm atração por mulheres.
Apesar de grande parte dos transfóbicos repetirem que "a maioria das transexuais se arrepende de fazer a cirurgia", na prática, é o oposto. Estudos demonstram que apenas de 1% a 5% se arrependem de ter passado pela operação.
Atualização: Na tarde da quarta-feira 24, a modelo publicou, em sua conta no Instagram, um trecho da coluna do jornalista e escreveu "Parabéns pela criatividade #mentiroso #passada".
