Homem morre após ser mumificado em sessão de sexo fetichista

Foram encontradas drogas no corpo da vítima e dois homens são acusados de homicídio culposo

Publicado em 03/12/2014
Mumificação é comum dentre os praticantes de bondage

A prática de fetiches sexuais, como o bondage, pode ser prazerosa, mas é preciso bom senso e cuidados. Um homem de 47 anos morreu de desidratação e ataque cardíaco após uma sessão de mumificação com uso de drogas.

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A ação consiste em envolver a pessoa em filme plástico ou silver tape, por exemplo, de modo a lhe impedir os movimentos e deixando-lhe com a aparência de uma múmia egípcia. As narinas e/ou a boca são deixadas de fora do invólucro para que a pessoa possa respirar.

Em 20 de agosto passado, o serviço de emergência britânico recebeu um chamado de Richard Bowler, de 35 anos, dizendo que um homem não estava respirando. Ele falava do chefe de cozinha Alun Williams, de 47 anos. 

"Eu sou gay, ele é gay. Nós tivemos uma sessão de fetiche e ele parou de respirar", dizia Bowler ao telefone. "Ele tem um filme plástico em volta do seu corpo e eu tenho uma mensagem de texto no meu celular afirmando que ele gosta disso".

O atendente, então, pede que ele corte o filme com uma tesoura e comece a administrar os primeiros socorros para reanimar a vítima. Mas Williams já estava morto.

Segundo o jornal inglês Mirror, Williams morava com a namorada e estava trocando mensagens sexuais há mais de um ano com Bowler. A sessão de bondage aconteceu na casa de Bowler, que tem problemas de locomoção e morava com seu cuidador, David Connor, de 23 anos.

Connor afirmou à polícia que saiu do apartamento à meia-noite quando Bowler disse que estava vindo uma pessoa para uma prática fetichista. Quando ele retornou à uma da manhã, encontrou Bowler agitado e chorando.

A ligação para o serviço de emergência só foi feita às 5h53 daquela manhã. Os legistas encontraram metanfetamina e quetamina no corpo da vítima. No apartamento, havia também cocaína e poppers, dentre outras substâncias.

Ambos são acusados de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e de neglicência grosseira. Eles negam as acusações. No tribunal de Canterbury, sudeste da Inglaterra, Bowler apresentou as mensagens de texto e um laptop para provar que Williams se interessava pela prática fetichista. O julgamento continua.

Alun Williams (à esq.) e os acusados, Richard Bowler e o cuidador David Connor

 


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