Governo lança campanha, documentário e livro sobre saúde trans

Dentre objetivos está formar profissionais de saúde no respeito ao nome social

Publicado em 27/01/2016

Ministério da Saúde lança campanha para saúde de travestis, mulheres transexuais e homens trans

O Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira 27, em Brasília, a campanha "Cuidar bem da saúde de cada um. Faz bem para todos. Faz bem para o Brasil", com foco na saúde integral, atendimento humanizado e respeito para travestis, mulheres transexuais e homens trans.

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O objetivo, de acordo com a pasta, é informar e conscientizar toda a sociedade, bem como profissionais de saúde, trabalhadores e gestores do SUS sobre garantias ao atendimento, considerando as especificidades de saúde dessa população.

Desenvolvida em parceria com o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, a campanha foi divulgada na semana em que se comemora o Dia da Visibilidade Trans, na próxima sexta-feira 29. 

Ao todo, 100 mil cartazes serão distribuídos para unidades de saúde, secretarias estaduais, conselhos de saúde, Comitês de Saúde LGBT e serviços de assistência social e direitos humanos que atendem a essa população nos Estados.

Ainda serão veiculadas nas redes sociais mensagens e vídeos de sensibilização e informações sobre as necessidades de saúde e os direitos das travestis, das mulheres transexuais e dos homens trans. A campanha contará ainda com uma cartilha voltada para trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo não só os profissionais de saúde como também recepcionistas e responsáveis por marcar consultas, com informações sobre a atenção integral à saúde desta população.

A cartilha destaca o direito de todos à saúde com respeito e sem discriminação. Aborda também orientações aos profissionais no acolhimento à população trans como, por exemplo que travestis e mulheres transexuais têm indicação de realizar exames para prevenção de próstata e homens trans podem necessitar de atendimento ginecológico.

Também foi lançado o livro Transexualidade e Travestilidade na Saúde, que apresenta uma coletânea de artigos, com foco no desafio da promoção da equidade em saúde para a população de travestis e transexuais, a partir do olhar de movimentos sociais, da academia, do serviço e da gestão. A publicação está disponível gratuitamente. Clique aqui para ler.

Integra a campanha um documentário em vídeo sobre a saúde de pessoas transexuais, produzido a partir de depoimentos de travestis e transexuais usuários do SUS e de movimentos sociais, além de gestores e profissionais que atendem nos ambulatórios específicos do processo transexualizador. Assista ao vídeo abaixo.

Para o ministro da Saúde, Marcelo Castro, o governo tem compromisso na valorização do direito a saúde de todo cidadão e redução de desigualdades sociais. "A ampliação do acesso das travestis, das mulheres transexuais e dos homens trans aos serviços de saúde passa pelo respeito ao nome social e pelo enfrentamento à discriminação por identidade de gênero, construída a partir de como a pessoa se reconhece ou se apresenta. Hoje, são recorrentes os relatos de preconceito e discriminação. Por isso, temos a obrigação de abordar este tema", disse.

 


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