Até na hora de virar mulher o homem é melhor, diz Elke Maravilha

Atriz e modelo contou como foi apresentada pelo pai a homossexualidade vendo animais na fazenda

Publicado em 22/02/2015
Elke diz que não saiu com mulher porque não gosta da cabeça delas
Elke diz que não saiu com mulher porque não gosta da cabeça delas

Com 70 anos recém-completados no domingo 22, Elke Maravilha falou sobre homo e transexualidade em entrevista ao jornal Extra.

Curta o Guia Gay Floripa no Facebook 

A atriz e modelo acredita que os maus tratos que recebeu quando jovem (cuspidas e socos na rua) foram motivadas por ser diferente. E se compara aos gays e transexuais.

"Por que os gays provocam? Porque são diferentes", diz. "A maioria acha que sou travesti, e às vezes vem perguntar. Digo: 'Sou e tenho um pau desse tamanho, quer ver?'. E aí saem correndo, tadinhos".

"Entendo por que pensam assim. A mulher, quando vai se arrumar, chega no salão, e fala: 'Menos'. Ela divide e diminui. O homem, quando vai virar mulher, ele quer mais: ele soma e multiplica. Até na hora de virar mulher o homem é melhor do que a gente. Bota mais cabelo, maquiagem… Então, eles veem uma pessoa que é mais... Tem que ser homem", teoriza Elke.

A eterna jurada do programa do Chacrinha contou como tomou contato com a homossexualidade. Aos nove anos, seu pai a chamou para "conhecer a manifestação da mãe natureza”.

Ela relembra: "Tinha uma vaca pronta para dar pro touro. E o touro pronto para comer a vaca. Mas eles não queriam que ela transasse, porque ia ficar prenha e não daria leite. Então botaram um boi gay e o boi se satisfazia ali mesmo e pronto. Meu pai me disse: 'Entendeu o que aconteceu?'. E eu disse: a mãe natureza mandou seres para não se procriar tanto. E ele disse: 'É, uma das razões é essa, mas não é a única. Você vai perceber pela vida'. E aí, ele me mostrava porco gay, pato gay... Quando eu vi gente gay achei normal. Não ficava com aqueles ranços de conceitos e preconceitos. Quem não conhece a mãe natureza se considera livre para jogar bosta na Geni. Graças a Deus, tive uma boa educação". 

Elke também revelou que fez tudo que quis sexualmente, mas não teve experiência lésbica. "Não, nunca tive tesão em mulher. Se eu tivesse, eu ia", disse. "Até me questionei sobre isso. Penso que é muito normal transar com tudo. Mas não gosto de cabeça de mulher. Quando transo sexualmente, transo com a cabeça também. E me cansa um pouco. A cabeça da mulher é sempre menos. O homem é mais (risos)".


Parceiros:Lisbon Gay Circuit Porto Gay Circuit
© Todos direitos reservados à Guiya Editora. Vedada a reprodução e/ou publicação parcial ou integral do conteúdo de qualquer área do site sem autorização.