6 cantores LGBT que se foram cedo

Grandes talentos e vozes que nos representavam partiram e até hoje fazem falta

Publicado em 02/11/2017

O clima do 2 de novembro, Dia de Finados, é cinza. Dedicado a lembrar quem se foi, entretanto, há outras cores também aí, e arco-íris.

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Veja lista de alguns LGBT que era grandes talentos, nos representavam, e que até hoje fazem muita falta. 

1. Freddie Mercury
Ele jamais se assumiu por medo da pressão da sociedade e por pensar que decepcionaria os pais. A ex-namorada Mary Austin tornou-se grande amiga e Fred se jogava nos cruising bars pelo mundo à procura de homens - inclusive em sua passagem pelo Rio de Janeiro nos anos 1980.

O ex-líder do Queen terá sua vida contada em breve em Bohemian Rhapsody (interpretado por Rami Malek), mas a produção deve deixar seu lado gay praticamente de fora do filme. Morreu de complicações do vírus da aids aos 45 anos em 1991.

2. Cássia Eller
Poucas mulheres foram tão viscerais no palco quanto essa carioca que despontou em Brasília. Já foi tema de peça nos palcos e documentário nos cinemas, e sua vida e obra continua fascinando os brasileiros.

Faleceu vítima de um infarto do miocárdio, em 2001, justamente quando estava em seu auge, aos 39 anos, com shows em grandes festivais e músicas no topo das paradas.

A disputa pela guarda do filho, Chicão, pela ex-mulher de Cássia, Maria Eugênia, ganhou as manchetes após sua morte. Maria Eugênia venceu o processo contra o avô do menino. O caso jogou luz a uma questão LGBT importante.

3. Renato Russo
Um dos melhores compositores brasileiros, Renato foi outro carioca revelado em Brasília. Deixou hinos à frente de sua banda, a Legião Urbana, e ainda influencia músicos. Permanece indefinido se ele era gay ou bissexual.

Foi tema de filme, peça teatral e exposição (atualmente pode ser vista em São Paulo). Morreu por complicações do vírus da aids aos 36 anos em 1996.

4. Dusty Springfield
Começou cantando com os irmãos em um trio, e, logo depois, no começo dos anos 1960, lançou-se solo. Sempre foi um ícone gay, sobretudo nos Estados Unidos e Europa. Teve namoradas e esposas, ainda que tenha dado declarações contraditórias sobre sua sexualidade.

Em 1987, fez dueto com Pet Shop Boys (que estavam no ápice), o que deu novo ânimo a sua carreira. Morreu vítima de câncer de mama, aos 59 anos, em 1999.

5. George Michael
Ficou famoso pela dupla Wham!, ícone do movimento new wave, e ainda nos anos 1980 saiu em carreira solo e tornou-se um dos cantores mais bem-sucedidos da história nos Estados Unidos.

Britânico, o cantor foi saído do armário ao ser pego pela polícia fazendo banheirão em um parque público de Beverly Hills, em 1998. Teve namorado brasileiro e morreu de insuficiência cardíaca, aos 53 anos, na manhã de natal de 2016.

6. Cazuza
Ele não chegou a uma década de carreira, mas foi o suficiente para deixar sua marca na música brasileira. Com canções que falavam de amor, solidão, política e questões sociais, Cazuza arrebatou público e crítica na década de 1980.

É impossível não pensar em quantas obras-primas o cantor ainda nos presentearia caso não tivesse sido levado à morte por complicações da aids aos 32 anos em 1990.


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