A cantora Pabllo Vittar recebeu uma grande honraria: ela foi escolhida como uma das dez "líderes da próxima geração" pela prestigiada revista norte-americana Time.
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'Ao longo dos últimos quatro anos, a drag queen e pop star brasileira de 24 anos se estabeleceu como alguém para ser vista em diversos aspectos, integrando perfeitamente o pessoal ao cultural e político e usando sua plataforma como uma estrela musical para exigir igualdade para as comunidades LGBTQ no Brasil e no exterior", definiu a publicação.
Pabllo falou, à revista, sobre a importância de defender a comunidade e de se tomar posições.
"Não é só a arte do drag, ser artista LGBTQ, a gente tem uma causa social muito grande e importante por trás, pra mostrar pra essas novas gerações que elas podem, sim, ter voz ativa e fazerem o que elas quiserem. Como artista, você tem a obrigação de tomar posições sobre as coisas e trazer junto com a sua popularidade as mensagens que realmente importam. Se falar sobre isso me coloca em uma posição de risco, então vamos todos morrer tentando", disse.
A artista lembrou da violência que atinge a comunidade no País, governado por um presidente abertamente contra os direitos LGBT.
"Às vezes, sinto muita vergonha de ser brasileira por causa desse presidente. As pessoas estão morrendo. As pessoas estão tendo suas casas e direitos retirados", declarou Pabllo.
"Cada vez o clima fica mais tenso no Brasil. Eu não sei o que acontece. Todos os dias eu peço a Deus proteção pra mim, pra minha família, pros meus amigos e pros meus fãs que têm que sair na rua e trabalhar e se submeter a esse tipo de risco. Porque pra mim isso é um risco. No Brasil, ser artista LGBTQ é matar um leão a cada dia. Todo dia você tem que se provar que pode e mostrar pras outras pessoas isso."
Sobre o futuro, Pabllo falou: "Quero continuar indo em lugares que ainda não fui, que precisam dessa mensagem, desse brilho, desse conforto. Continuar fazendo minha música, levando essa mensagem e, quem sabe, até ganhar um Grammy."