O jornalista Glenn Greenwald e o deputado federal David Miranda, morto em maio passado, foram espionados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro.
Segundo o jornal O Globo, os celulares dos dois estão na relação de números de telefones entregues pela Abin ao Supremo Tribunal Federal (STF) por determinação do ministro Alexandre de Moraes.
A Abin fez 33 mil monitoramentos ilegais por meio do sistema FirstMile durante a gestão do ex-presidente da República.
Os servidores suspeitos de terem usado a ferramenta de modo irregular foram presos pela Polícia Federal, na sexta-feira 20, na Operação Última Milha.
Fundador do site The Intercept, Glenn foi um dos responsáveis por noticiar o caso "Vaza Jato", que mostrou mensagens interceptadas por hackers entre agentes da Operação Lava Jato.
David foi vereador pelo Psol, no Rio de Janeiro, e assumiu cadeira deixada por Jean Wyllys, no início de 2019, na Câmara dos Deputados. Em 2022, ele se filiou ao PDT. O parlamentar faleceu vítima de complicações de infecção gastrintestinal após nove meses internado.
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