Entre 14 e 18 de dezembro, Floripa sedia o maior festival de cinema LGBT do Sul do País.
O III Transforma - Festival de Cinema da Diversidade de Santa Catarina apresentará mais de 60 filmes sobre orientação sexual e identidade de gênero na Sala Gilberto Gerlach do Centro Integrado de Cultura (CIC).
Uma das organizadoras do evento, Lirous K'yo Fonseca Ávila falou sobre a importância de ver, por exemplo, pessoas trans nas telas.
"Eu penso na Transforma como ferramenta de reparação social. Há alguns anos víamos muitas travestis e pessoas transexuais que nunca haviam estado dentro de uma sala de cinema. Hoje, vemos elas nos palcos da Transforma apresentando um festival de cinema, nas poltronas assistindo, sendo homenageadas e recebendo prêmios em diversas categorias."
Em sua terceira edição, o festival oferecerá uma série de ações em modelo híbrido (presencial e virtual), com produções de diferentes regiões do Brasil, painéis temáticos, oficinas formativas e shows nacionais.
Um dos destaques deste ano fica por conta da Mostra Competitiva, que apresentará filmes realizados em formato de curta-metragem, com até 25 minutos, nas categorias de ficção, documentário e experimental.
Responsável pela programação, Thomas Dadam,afirma que houve preocupação em retratar a diversidade e a pluralidade presentes no País.
"Para nós, idealizadores e produtores do festival, essa é uma grande conquista, pois entendemos que o evento, hoje, é uma importante janela do cinema brasileiro, atingindo realizadores de norte a sul do país", comemora.
Uma das novidades para a edição de 2021 é a entrega do troféu Unicórnio de Ouro, que será entregue a vencedores de 22 categorias, como melhor filme (pelo júri técnico e voto popular), ator, atriz, roteiro e direção.
Em paralelo, será realizada, em 18 de dezembro, a TransforME, espaço dedicado exclusivamente para produtores, obras e projetos LGBT. Um evento inédito no país, com o objetivo de ampliar a discussão e potencializar narrativas que abordam questões relevantes sobre diversidade sexual e de gênero.
Idealizado e organizado pela Bapho Cultural e a Associação em Defesa dos Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade (Adeh), o evento é um projeto financiado pelo edital Prêmio Catarinense de Cinema (PCC/2019), do Governo do Estado de Santa Catarina e conta com apoio do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), Vitrine Filmes e Olhar Distribuidora.