Após uma bem-sucedida temporada em São Paulo, no final de 2016, a peça Kassandra está de volta a Floripa e ganha apresentação neste sábado 11 na Concorde Club.
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O espetáculo atualiza o mito da princesa de Troia e traz em uma versão contemporânea como uma mulher transexual. "Respeito ao interpretar uma mulher com uma condição que não é a minha, com necessidades distintas das minhas. Pelas estatísticas, se não tivesse nascido mulher cisgênera eu estaria morta há dois anos como a maioria das mulheres trans", comenta Milena Moraes, que está sozinha no palco.
A atriz explica a montagem que invariavelmente é apresentada em espaços pouco convencionais, além dos tablados: "As escolhas estéticas e espaciais da encenação refletem diretamente no trabalho de atuação. A apropriação do espaço e a tensão que se estabelece na relação entre performer e público estão diretamente ligadas. O público é provocado a assumir o papel de cliente da casa, o que acaba por borrar os limites da cena e dar vazão ao flerte e à cumplicidade."
Com direção de Renato Turnes, o monólogo é de autoria do franco-uruguaio Sergio Blanco e falado em um inglês rudimentar, próprio dos imigrantes. "Kassandra é uma refugiada, como as muitas mulheres que deixam seus países na esperança de melhores condições de vida, e usa os rudimentos de uma língua que não é a sua para se fazer entender e sobreviver", conta Turnes.
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