A TV Globo excluiu trama e termos homofóbicos da nova versão de Pantanal, que estreia no próximo dia 28.
Na primeira versão, exibida pela TV Manchete, em 1990, o protagonista era alvo de uma ex-namorada que espalhava que ele era gay, chamando-o, inclusive, de "bichona louca".
A vingança da moça, chamada Nalvinha, se dá quando Jove (Jesuita Barbosa) retorna ao Rio de Janeiro com seu novo amor, Juma (Alanis Guillen).
O papel na novela de 1990 foi interpretado por Flávia Monteiro. A personagem continuará existindo, mas ela usará de outros artifícios para tentar macular a imagem do ex.
O mordomo Zaquel (Silvero Pereira) também passou por modificações. Ele não sofrerá mais preconceito das pessoas com quem convive, incluindo o patrão, Tenório (Murilo Benício). Todos na fazenda o defenderão e a discriminação por ser gay virá de fora.
Segundo o Notícias da TV, as mudanças ocorreram para deixar o folhetim mais atrativo para o público jovem e acompanhar mudanças na sociedade brasileira.
A novela foi escrita por Benedito Ruy Barbosa e a versão da TV Globo é adaptada pelo neto dele, Bruno Luperi.
No lançamento de sua última trama, Velho Chico (2016), Benedito deu declarações homofóbicas.
"Odeio história de bicha", disse o autor a jornalistas. "Pode existir, pode aceitar, mas não pode transformar isso em aula para crianças."
E continuou: "Tenho dez netos, quatro bisnetos e tenho um puta orgulho porque são tudo macho pra cacete."