Se em capitais como São Paulo, mais de 50 espetáculos com temática LGBT são apresentados em um ano, em Floripa há escassez nesse segmento.
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Portanto, é mais do que bem-vinda uma programação que estende por todo o mês de abril que inclui várias peças que dialogam diretamente com nossa comunidade.
Todos os domingo do mês, às 20h, está em cartaz o espetáculo Dona Augusta, na Nau Catarineta, em Santo Antônio de Lisboa, por R$ 30 a entrada inteira. A produção mescla as vertentes burlesco e drag queen para refletir sobre opressões de gênero e sexualidade.
A história apresenta um garoto em conflito com a moral e o conservadorismo que lhe foram ensinados e que é visitado por uma drag que o transporta para a mente dela, um mundo surreal no qual todos os marginais são estrelas em um cabaré e os opressores, sátiros insanos.
Com texto e direção de Nicolas Lopes, a peça é um trabalho independente criado por alunos do Centro de Artes (CEART) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
Mostra na Casa Vermelha
Na Casa Vermelha, está em curso a Mostra de Teatro Feminista e LGBTTTIQ. Nesta sexta-feira 6, às 20h, é apresentado Bela, espetáculo que surgiu da necessidade de falar sobre o espaço da não-binaridade, representação de gênero e negação de padrões. A peça tem direção coletiva com a turma da disciplina de interpretação IV e da professora Maria Brígida de Miranda.
Mais para o fim do mês, dia 27, às 20h, tem A Mão na Face. Com texto de Rafael Martins e direção de Robson Esteves e Willian Mario, em um camarim de cabaré, entre batons, purpurinas e perucas de canecalon, diálogos e devaneio de uma quase vida.
Na mesma mostra, também na Casa Vermelha, no dia 28, às 20h, será apresentado Transvyadaji. O espetáculo é descrito como um grito travesti de várias vozes cansadas de morrer, um suspiro de exaltação de vida, força contrária ao murro na cara, acessos negados, ao assassinato e à violência diária. Todas as produções na mostra custam R$ 20 a entrada inteira.
Mostra Universitária
E tem mais espetáculos com a temática arco-íris. Na Mostra Universitária de Processos Teatrais é apresentado nesta sexta-feira 6 Kandance, no Ceart-Udesc, às 20h. Descrito como uma experiência política e ancestral, que parte das vivências das artistas para discutir lugares de privilégio e opressão por meio do rap. A peça tem entrada gratuita.
No dia 27, às 18h, rola Espero Poder Chegar, uma performance de rua, dirigida por Alisson Feuser, iniciada em frente à Udesc e encerrada no Shopping Iguatemi (caso chova, a apresentação será realizada nos corredores do Campus 1 da universidade).
Teatro da Ubro
Partindo de um recorte da vida de um casal gay surge Fala Comigo Doce como a Chuva, que ganha exibição no Teatro da Ubro dia 12, às 20h (R$ 20). A produção integra uma coleção de peças curtas de Tennessee Williams, na qual mais do que contar uma história, o autor busca focar uma breve e pontual situação dramática expondo uma condição humana e o universo existencial de seus personagens.