A empresária Jaqueline dos Santos Ludovico, de 33 anos, que atacou um casal gay em padaria na região central de São Paulo em 3 de fevereiro, não é indiciada por homofobia.
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Para a Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Raciais e de Delitos de Intolerância (Decradi), que cuidou do caso e é referência nacional na investigação de casos como aquele, tratou-se de lesão corporal e injúria.
A reportagem do Guia Gay confirmou a informação com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
Pelo divulgado, não houve enquadramento da acusada na Lei do Racismo, que desde 2019, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), protege LGBT, nem no tipo penal de injúria racial, que, conforme decisão do mesmo órgão em 2023, também abarca orientação sexual e identidade de gênero.
Cabe agora ao Ministério Público de São Paulo decidir se vai ou não apresentar denúncia contra Jaqueline.
Na madrugada de 3 de fevereiro, Jaqueline provocou confusão inicialmente no estacionamento da padaria Iracema, no bairro de Santa Cecília, quando o casal tentou estacionar o carro.
Lá dentro, a empresária teria perseguido o jornalista Rafael Gonzaga e seu namorado, Adrian Grasson, e os agredido verbal e fisicamente com insultos homofóbicos.
Vídeo divulgado por Rafael nas redes sociais mostra parte da confusão, incluindo as ofensas proferidas por Jaqueline.
Em certo momento, ela diz que é "de família tradicional" e "branca". "Chama a polícia, vamos ver quem vai preso aqui", diz a mulher.
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