Foi divulgado um segundo caso de um homem que tomava medicamentos que previnem o HIV e que foi infectado pelo vírus.
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Os resultados foram apresentados pelo norte-americano Howard Grossman, especialista na doença, durante a Conferência de Pesquisa para a Prevenção do HIV, realizada em Chicago, Estados Unidos, na terça-feira 18.
"Sabemos que a PrEP não é 100% eficaz, e isso é algo que precisa-se dizer em alto e bom som. Nennhum metódo de prevenção - com exceção da abstinência - é", disse Mitchell Warren, diretor da AVAC, grupo global de prevenção ao HIV, ao BuzzFeed News.
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O paciente, que não teve o nome revelado, era usuário da PrEP desde janeiro. A PrEP é o tratamento de pré-exposição ao vírus que consiste em tomar a combinação de dois antirretrovirais - tenofovir e emtricitabina - conhecida pelo nome comercial Truvada.
O homem infectado tem um relacionamento de longo prazo com um soropositivo. No entanto, em duas ocasiões, ele relata ter feito sexo com uma terceira pessoa, sem preservativos. Como seu marido tem carga indetectável do vírus, os médicos presumem que ele tenha contraído HIV com um dos dois homens com quem teve sexo avulso.
"Na verdade, a PrEP é a melhor intervenção que tivemos para prevenir o HIV", pontuou Warren. "E não acho que vamos ter uma enorme exposição de falhas." A PrEP oferece cerca de 99% de proteção ao vírus.
Em fevereiro, outro especialista na doença, o médico David Know, revelou, em uma conferência em Boston, o que acredita ter sido o primeiro caso de um homem - também gay - que após 24 meses tomando Truvada foi diagnosticado com HIV.