Constatado: o agente causador da gonorreia criou resistência também no Brasil aos medicamentos mais comuns usados no tratamento. Esse fato preocupante já ocorria em vários países pelo mundo. Agora, o alerta também é acionado por aqui.
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A informação vem do próprio governo brasileiro. Pesquisa feita pelo Departamento de IST/Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, com a Universidade Federal de Santa Catarina entre 2015 e 2016 revelou que a doença desenvolveu resistência de mais de 50% à ciprofloxacina, penicilina e tetraciclina em todas as regiões do Brasil com exceção do Norte. Frente a esse quadro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda usar azitromicina, ceftriaxona ou cefixima.
Estima que a bactéria causadora da gonorreia atinja meio milhão de brasileiros por ano. E aí, uma preocupação a mais: especialistas informam que uma pessoa com essa doença tem 18 vezes mais chance de pegar HIV do que uma que não a tem.
A necessidade de seguir o tratamento completo vem da coordenadora do departamento, Adele Benzaken. "Quando não tratada de maneira correta, ou quando a bactéria desenvolve resistência ao tratamento, a gonorreia pode causar danos graves e até irreversíveis, como doença inflamatória pélvica, abortamento e infertilidade, com graves consequências médicas, sociais, psicológicas e econômicas, em mulheres e homens."
Fique informado: qualquer tipo de sexo desprotegido, inclusive o oral, é forma de transmissão da gonorreia. Dentre os sintomas estão ardor ao urinar, dor nos testítulos e possível excreção de corrimento ou pus.