Uma mudança de comportamento dentre homens que fazem sexo com homens foi a principal responsável pelo fim da emergência com a mpox.
A conclusão é de um estudo do Fred Hutchinson Cancer Center, em Seattle, Estados Unidos, publicado pela revista científica Cell.
"Depois que a epidemia de mpox foi reconhecida, a modificação comportamental na comunidade de homens que fazem sexo com homens resultou em um declínio acentuado na [taxa de transmissão] na América do Norte antes do lançamento da vacinação nos Estados Unidos", afirmou o epidemiologista Miguel Paredes, que lidera a pesquisa.
A doença ficou concentrada dentre gays e bissexuais e teve pior desenvolvimento - incluindo internações e morte - dentre os imunocomprometidos, tais como os que vivem com HIV, sobretudo para quem não faz tratamento do vírus.
Para Paredes, a mudança de comportamento demonstra que as mensagens de saúde pública podem "ser realmente poderosas para controlar epidemias, mesmo enquanto esperamos que coisas como as vacinas cheguem".
Os pesquisadores acreditam que o surto começou entre dezembro de 2021 e março de 2022, no Reino Unido, ainda que o primeiro diagnóstico tenha sido feito só em maio.
Antes do fim do primeiro semestre, o vírus já havia se espalhado por inúmeros países da Europa e Estados Unidos.
Em agosto do mesmo ano as infecções chegaram ao seu pico de transmissão nos Estados Unidos. O país somou, em 2022, 31.698 casos e 56 mortes.
A doença não desapareceu. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos relatou 312 casos este ano. Os estados de Nova York e Califórnia lideram com 77 e 34 casos, respectivamente.
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