Estudo recém-publicado mostrou que a expectativa de vida de pessoas com HIV na América Latina aumentou consideravelmente nas últimas décadas.
Segundo a pesquisa, uma pessoa soropositiva com 20 anos de idade e em tratamento do vírus tinha, em 2003, expectativa de viver até os 51 anos. Já em 2017, o número saltou para 69,5 anos.
Entretanto, ainda há diferença significativa em relação à média alcançada pela população. Na região, a expectativa média de vida é de 78 anos.
O estudo do Vanderbilt University Medical Center, dos Estados Unidos, englobou pessoas do Brasil, Argentina, Chile, México, Peru e Honduras.
Vários fatores podem influir na expectativa de vida de soropositivos, tais como sexo da pessoa, orientação sexual, uso de drogas injetáveis, histórico de tuberculose e o quão baixa a imunidade estava quando se começou a tomar os antirretrovirais.
Mulheres, por exemplo, têm expectativa de vida mais alta do que homens - sejam gays, bissexuais ou heterossexuais.
Dentre os motivos para a expectativa de vida ter aumentado no período está o fato do tratamento, já há algum tempo, se iniciar assim que se descobre o vírus no sangue e não mais quando a contagem de células de defesa CD4 estavam a uma patamar mais baixo, como era o recomendado anos atrás.
Participaram do estudo 30.688 pessoas com 16 anos ou mais. Dessas, 17.491 (57%) eram dessas nações e 13.197 (43%) apenas do Haiti, que teve resultados divulgado separadamente.
No Haiti, a expectativa de vida de um jovem de 20 anos com HIV pulou de 33,9 anos para 61,2 anos no mesmo período. Na população em geral, a expectativa de vida é de 69,9 anos.
A pesquisa foi publicada pela revista científica The Lancet HIV.