Os Estados Unidos estão preocupados com um surto de doença meningocócica dentre gays e bissexuais.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) emitiu comunicado, na quinta-feira 23, em que classifica o quadro como "um dos piores surtos de doença meningocócica entre homens gays e bissexuais na história dos Estados Unidos".
A infecção pela bactéria meningococo pode resultar em meningite ou meningococemia.
No Estado da Flórida, a bactéria já provocou sete mortes dentre 24 casos neste segmento da população.
"Dados recentes mostram que cerca de metade dos casos associados a esse surto são de homens hispânicos. O surto está afetando principalmente pessoas que vivem na Flórida, mas também pessoas que viajaram para a Flórida", ressalta a nota.
Para frear as contaminações, o CDC indica que homens gays e bissexuais tomem a vacina meningocócica conjugada ACWY, que protege contra meningites e infecções generalizadas causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y.
Em adultos, a vacina é aplicada normalmente em dose única, a depender do risco epidemiológico ou da condição de saúde, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações
A vacina para quem for para a Flórida deve ser tomada duas semanas antes da viagem.
Sintomas e transmissão da doença
A bactéria pode infeccionar revestimento do cérebro, a medula espinhal e a corrente sanguínea.
Os sintomas inicialmente se parecem com os de gripe e incluem febre alta e dor de cabeça. No entanto, logo evoluem. Torcicolo, náusea, vômito e erupção cutânea roxo escura podem aparecer.
Para a doença ser transmitida é preciso, em geral, que se tenha um contato muito próximo ou prolongado com alguém infectado - como beijar alguém ou ser atingido por gotículas de saliva, durante a tosse, por exemplo.
O tratamento é feito com antibióticos - penicilina e cefalosporina.