O vício em drogas, em especial entre os frequentadores da noite gay, foi tema da estreia do programa Prisma.
Em conversa com a DJ Anne Louise, o psiquiatra Reynaldo Estevez falou sobre o risco da combinação de substâncias, abuso e dependência.
"Algumas substâncias são depressoras, elas inibem o sistema nervoso central, outras são ativadoras, então elas ativam o nosso sistema", explicou o médico.
"Por exemplo, Key, que é a ketamina, e o GHB, que é um tipo de ácido específico [popularmente conhecido como Gi ou G], são substâncias que quando usadas juntamente pode [sic] diminuir, inibir, que a gente fala 'cair de Gi', é uma coisa que cai o nível consciência, abaixa a pressão (...) Você vê pacientes até entrando em coma."
"Da mesma forma, substâncias ativadoras juntas: eu estou falando de cocaína, metanfetamina, do cristal [conhecida como Tina]... Você pode ter uma ativação intensa. Vai causar uma euforia extrema, o coração acelera muito, os nossos vasos sanguíneos deixariam um calibre muito pequeno, então não chega sangue no órgão. Uma grande complicação que a gente vê muito é infarto."
Ele prossegue: "Tem que ter atenção dentro da festa, algumas combinações têm potenciais muito danosos, são tóxicos, tem que ter esse cuidado. Assim como a quantidade do uso."
O psiquiatra também alertou para o uso concomitante de drogas recreativas com benzoadizepínicos, como o Rivotril. É necessário esperar de duas a quatro horas após ter usado estas substâncias para poder tomar a medicação. Aliás, o remédio deve ser consumido apenas sob prescrição médica.
A conversa ainda abordou a relação das drogas com depressão, efeitos colaterais - tais como a perseguição sentida por usuários de Tina - e tratamento.
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