Campanha de aids do Ministério da Saúde no carnaval não cita gays

Até 2018, as ações para a folia tinham referências e até peças publicitárias homo e bissexuais

Publicado em 22/02/2019
Campanha de prevenção ao HIV do governo Bolsonaro para o carnaval não cita gays
Ministério da Saúde divulgou o tema da campanha

Ao contrário do que foi feito nos últimos anos até 2018, a nova campanha de prevenção a aids elaborada pelo Ministério da Saúde não possui peças publicitárias específicas para gays e bissexuais.

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A ação foi feita para o carnaval e tem foco em homens jovens - de 15 a 39 anos.

Segundo a Folha de S. Paulo, o governo federal justifica a escolha a partir de dados recentes que mostram que 73% das novas infecções pelo HIV ocorrem dentre homens. Destes, 75% são naquela faixa etária.

São homens, claro, mas o que o governo ignorou que é que em sua maioria dos novos infectados é de gays e bissexuais. 

Dados do último Boletim de HIV/Aids apontam que 53% dos novos casos de HIV no País ocorreram entre homossexuais e 9,4% em bissexuais.

Em anos anteriores, gays eram citados nas campanhas de prevenção ao HIV nesta época do ano seja em mensagens, personagens ou imagens, até com a bandeira arco-íris.

Durante a apresentação da campanha, nesta sexta-feira 22, em Salvador, a única menção a gays foi indireta pelo chefe da pasta.

"Não importa a orientação sexual, mas o comportamento de risco que pode fazer do nosso maior carnaval uma memória triste", disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

O lema da campanha e Pare, Pense e Use Camisinha. 


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