O padre Robson Oliveira Pereira, de 46 anos, estava sendo chantegado por hacker porque tinha um romance com o rapaz. Quem afirma isso é a investigação policial.
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O religioso, que foi destaque do Fantástico, da TV Globo, no domingo 23, é suspeito de ter movimentado ao menos 2 bilhões de reais na última década de um fundo de doações vindas de todo o Brasil para construir uma basílica em Trindade (GO).
Toda a investigação começou justamente por causa da chantagem. Segundo o MInistério Público, dois hackers invadiram o celular e o computador do padre.
Identificado como "Detetive Miami", o hacker, em 24 de março de 2017, enviou e-mail ao religioso pedindo R$ 2 milhões para não revelar informações pessoais dele, incluindo um caso amoroso entre os dois.
Fotos e conversas comprometedoras do padre com uma moça, que fazia parte do seu círculo de amizade, também são citados no processo.
Quatro dias depois, o padre procurou a polícia, simiulou pagar R$ 700 mil a eles. Alguns deles foram descobertos e autuados pela polícia, em Goiânia.
Mas a extorsão prosseguiu e desta vez o religioso não contatou a polícia. Entre abril e maio daquele ano, o padre fez vários depósitos no total de R$ 2,9 milhões aos chantagistas. No final de junho, o hacker que comandava o esquema foi preso no Rio de Janeiro.
Segundo o G1, o padre recebia R$ 20 milhões mensalmente de doações que iam para a Associação dos Filhos do Divino Pai Eterno (Afipe).
A partir daí, o Ministério Público desenrolou uma extensa investigação e descobriu que a Afipe, comandada pelo padre, possuía até um jatinho, rádios, comprou fazendas e inúmeras propriedades.
Algumas das rádios estavam no nome de uma ex faxineira do padre, que recebia salário de R$ 1 mil. A suspeita é de que ela tenha sido usada como "laranja" em esquemas do religioso, assim como uma das irmãs dele.
O padre foi afastado da presidência da associação e suspenso de realizar missas. O religioso nega todas as acusações.