Um norte-americano que sofreu perseguição por meio do Grindr está processando o app, o que pode fazer com que a empresa mude sua política de segurança.
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Após terminar um relacionamento, o garçom e ator Matthew Herrick, de Nova York, passou a ser assediado pelo ex no aplicativo.
Durante meses, o homem criou perfis falsos no Grindr e enviava o endereço da casa e do trabalho de Herrick para homens aleatórios. Até uma dúzia de homens por dia chegava a aparecer nos endereços do ator à procura de sexo.
Herrick abriu 14 boletins de ocorrência e entrou com ação contra o app em 2017. O caso foi parar, esta semana, em tribunal federal de apelações dos Estados Unidos.
O Grindr espera se defender valendo-se de lei de 1996 que garante a liberdade de expressão on-line e que protege as empresas de qualquer responsabilidade.
Os advogados do ator, no entanto, segundo a NBC News, colocarão o caso na mesma seara de produtos que dão defeito, tal como máquina de lavar ou faca elétrica, para que empresas de software sejam responsabilizadas pelos danos.
De acordo com a reportagem, o caso de Herrick despertou o interesse da indústria de tecnologia, seus defensores e seus críticos, que veem o processo como teste para possível nova teoria legal para responsabilizar empresas de tecnologia.