A atriz Carol Marra falou sobre cirurgia de redesignação sexual, hormônios femininos e a (pouca) oferta de papéis para transexuais.
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"Posso fazer papéis femininos e masculinos. Fico triste por só me darem papéis trans", disse a artista ao UOL. "É meio hipócrita porque tem tanto ator homossexual que faz papel de galã e atrizes lésbicas que fazem papéis de mocinhas. Falta olhar, oportunidade."
Carol começou como modelo, na qual teve bastante sucesso, e nos últimos anos focou na carreira de atriz. Ele interpretou papéis coadjuvantes na série Romance Policial - Espinosa (2014), do GNT, e no filme A Glória e a Graça (2017), por exemplo.
A cirurgia de redesignação foi feita em maio de 2017 e Carol ainda comemora. "Me olho no espelho e não me causa mais constrangimento pessoal", revelou. "Já fui massacrada por outras trans, que dizem que temos uma flor diferente entre as pernas nem por isso deixamos de ser mulheres. Mas eu não me sentia mulher daquela forma. Deus foi muito generoso de permitir mudar a forma que originalmente ele pensou e criou pra mim, então eu me sinto plena e completa assim. Antes me faltava alguma coisa."
Apesar disso, a atriz elenca uma série de ônus "que vieram no pacote" dos hormônios femininos. "Tenho TPM, sempre fui magra e agora como um pão e já sinto ele crescer na minha barriga. Comecei a acumular gordura, começou a aparecer uma celulite aqui, outra ali, estou com crise de calor, tenho vontade de fazer xixi toda hora, vontade de comer doce desesperada", diz. "Meu manequim era 36 e hoje é 40. Então é uma luta diária contra a balança."
