Foi encontrado morto vítima de infarto nesta quarta 7 o artista plástico Emanoel Araújo, nome destacado na sua área no País. Ele tinha 81 anos e atuava como curador do Museu Afro Brasil, fundado por ele em 2004.
Homossexual assumido e ativista pela cultura e cidadania negras, o baiano era frontalmente contra direitos homossexuais, tais como adoção e casamento.
"Se queria ser pai, por que não virou hétero, não pegou sua mulher e fez seu filho? Que é isso, gente? Sou homossexual, vou querer ter uma filhinha? Isso realmente é meio canalha. Também acho um absurdo alguém que queira se casar e vai ao altar ou ao juiz. Pode casar e descasar no dia seguinte. Muito bonito, superemocionante ter seu dia de princesa, seu belo vestido, flores, flores e flores", disse em entrevista a revista Carta Capital em 2017.
Baiano de Santo Amaro da Purificação, Emanoel fez sua primeira exposição individual em 1959 e estudou gravura na Escola de Belas Artes da Bahia.
Dentre outros cargos, foi diretor do Museu de Arte da Bahia, deu aulas no Arts College, na The City University of New York, foi diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo e membro da Comissão dos Museus e do Conselho Federal de Política Cultural, instituídos pelo Ministério da Cultura.
O artista conquistou diversos prêmios nacionais e internacionais.
Sua morte levou o governo do Estado de São Paulo a decretar luto de três dias.