Desde outubro, as noites de Floripa estão mais agitadas e coloridas. Com foco no público LGBT, e em especial as mulheres, o Madalena Bar é opção no Centro.
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Sociedade entre a empresária Rose Bär e a artista plástica Anna O'Sfair, o local tem no cardápio de bebidas um de seus grandes trunfos.
"Temos uma carta bastante acessível, nossos drinks variam entre R$ 13 e R$ 20, exceto drinks em que o cliente prefere algum destilado base que seja de maior qualidade, aí estes preços saem dessa faixa", explicou Rose ao Guia Gay Floripa.
Dentre os sucessos da casa, estão o Amora Mio (R$ 13), o Cranberry Bomb (R$ 15), o Moscow Mule (R$ 15) e o Sapatônica (que leva gin tônica da casa com tangerina e decoração provocativa, R$ 15).
Os preços das cervejas variam entre R$ 7 e R$ 12, desde long necks pilsen até garrafas de 600ml (Eisenbahn e Devassa), além de longs especiais. "Queremos ampliar o número de rótulos de cervejas especiais. No momento elas são da Eisenbahn", diz Rose.
A empresária não é novata no segmento LGBT. "Trabalho há dez anos na noite e comecei no Jivago, no final de 2008. Depois fui gerente e produzi festas no Blues Velvet por quatro anos, morei em São Paulo, onde fui gerente de um bar por lá, voltei e gerenciei e produzi festas no Treze.", explica.
"Vinha tendo essa vontade desde meu último ano no Blues e acho que o principal motivo era ter um espaço em que eu pudesse fazer as coisas do meu jeito, cada detalhe pensado e foi mais ou menos assim que veio o Madá."
"Minha sócia e eu sempre pensamos no bar com uma estética feminina e ele tem isso em cada detalhe, além de que a maioria das pessoas envolvidas antes da abertura e agora são mulheres. Pensamos num lugar que pudesse dar espaço para mulheres e LGBT em sua maioria, porque percebemos o quão isso é raro na noite, ter mulheres a frente dos espaços."
Sobre a noite da cidade, Rose acredita que faltam espaços para LGBT. "Nos relacionamos há um ano e meio e esse é nosso primeiro bar. Acredito que muita coisa independente e legal tem rolado por aqui no meio LGBT, porém penso que faltam mais espaços destinados a este público (do qual Anna e eu também fazemos parte), coisa que de fato sempre foi importante e agora se faz muito mais", diz.
"Principalmente quando uma parcela significativa do poder público e também da população não nos quer nos espaços, ou seguem com a máxima de que 'sejamos discretos'. Portanto, espaços destinados à circulação livre de todos os corpos é importante, para que possamos nos expressar com liberdade e sem receio de represálias."
"Estar na rua é direito de todos, estar na rua é sim um ato político, então que mais lugares como o Madá estejam sempre abertos para atender a todas as pessoas que não se sentem a vontade dentro da cis-norma", conclui.
O Madalena tem entrada gratuita. Mais informações, como horários e endereço, você tem em nossa Agenda clicando aqui.