Há um movimento da militância LGBT (em especial, da trans) para que apenas atores LGBT vivam papéis que os retratam na TV e no cinema. Mas esta visão não é compartilhada por Cate Blanchett.
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Em um encontro no Festival de Roma, a atriz disse que vai lutar até a morte para que possa interpretar personagens com os quais não tenha intimidade.
"Vou lutar até a morte pelo direito de suspender a descrença e desempenhar papéis além da minha experiência", disse. "Eu acho que o reality show e tudo o que isso implica teve um impacto extraordinário, um impacto profundo na maneira como vemos a criação do personagem."
"Acho que isso oferece muitas oportunidades, mas a desvantagem é que agora, particularmente nos Estados Unidos, eu acho que esperamos e só esperamos que as pessoas façam uma conexão profunda com um personagem quando estiver perto de sua experiência", acredita.
Cate disse que nunca foi tão questionada sobre sua sexualidade quando interpretou uma mulher que se envolve com outra no filme Carol (2015). Ela disse que muitos dos jornalistas que a entrevistaram pareciam sugerir que era preciso ter um experiência lésbica para entender o papel.
"Parte de ser um ator para mim, é um exercício antropológico. Então você pode examinar um cronograma, um conjunto de experiências, um evento histórico sobre o qual você não sabia nada."
"Para mim, se algo é difícil de fazer, é como um tecido vermelho para um touro. Isso me faz querer fazer mais."
