Vítima de bullying, gay mata 1 e fere 2 em escola de SP

Suspeito teria tido ajuda de uma aluna lésbica e outros dois estudantes que também sofriam assédio

Publicado em 23/10/2023
Atentado a escola: gay entra atirando em Sapopemba
Atentado ocorreu em colégio na zona leste da cidade. Foto: Renan Porto/Metrópoles

Atualizado às 17h de 23/10/23

Um aluno homossexual de 16 anos promoveu atentado, nesta segunda-feira 23, contra escola em São Paulo deixando uma estudante morta e duas feridas.

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Colegas da Escola Estadual Sapopemba, na zona leste da cidade, relataram que o suspeito sofria bullying por ser gay e apanhava constantemente das alunas.

Segundo a Revista Fórum, L.O.T. teria recebido auxílio de uma aluna lésbica e outros dois jovens tímidos que também seriam alvos de bullying no colégio.

“Ele era muito zoado aqui na escola. Sofria bullying por ser gay. Duas semanas atrás, ele avisou que iria fazer esse atentado. Ninguém acreditou", disse uma das alunas ao portal Metrópoles.

À reportagem, uma mulher, vizinha do adolescente, disse: "Ele apanhava direto na escola, na sala dele, por causa disso. Apanhava das meninas. Tem vídeo na internet, vocês vão ver, dele apanhando na escola."

L.O.T. usou um revólver calibre 38 que pertencia ao pai para cometer o atentado. Ele foi encaminhado à 70º DP. A arma está legalizada.

O adolescente teria registrado boletim de ocorrência em 24 de abril passado com relato de agressões e ameaças dos alunos. Ele estava no primeiro ano do ensino médio.

A vítima fatal, Giovanna Bezerra, de 17 anos, foi baleada na cabeça enquanto descia escadas da escola. As outras duas foram baleadas no tórax e clavícula e não correm risco de morte.

Uma quarta vítima teria torcido o pé enquanto fugia, disse uma estudante à rádio CBN.

Adolescente gay é levado a delegacia
Adolescente foi apreendido e levado a delegacia

De acordo com o UOL, o  estudante passou o fim de semana na casa do pai, em Santo André, Região Metropolitana de São Paulo, e escondeu a arma na mochila. O objeto ficava escondido embaixo do colchão onde o pai dormia.

A polícia teve acesso ao celular do suspeito e viu, pelas conversas trocadas, que ao menos quatro pessoas sabiam da intenção do ataque. Será investigada a participação delas.

Em depoimento, o adolescente teria dito que só resolveu atirar porque a vítima olhou para e sorriu. Ele não demonstrou arrependimento e chegou a rir ao falar sobre o assunto. 

 

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