O intitulado "primeiro time de futebol indígena gay" quer participar de torneio e pede ajuda do público para isso.
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Em suas redes sociais, a representante da equipe, Neimar Kiga, que é travesti, explicou que os atletas foram convidados para a disputa esportiva do seu próprio povo, o boe (bororo), mas em uma aldeia distante.
Então, eles tiveram a ideia de fazer uma vaquinha virtual para que seis competidores possam ir até lá, na aldeia Piebaga, próximo a Santo Antônio do Leverger, no Mato Grosso.
Neimar e os amigos vivem em General Carneiro, no mesmo estado.
A meta é arrecadar R$ 1.200, o suficiente para os seis se deslocarem. Outros três integrantes do time já estão na aldeia que sediará o torneio.
Segundo Neimar, em sua aldeia há menos homofobia do que em outras comunidades e o futebol faz parte do cotidiano do seu povo, ajudando os jovens a ficarem longe do álcool, por exemplo.
"Ser 'indígena LGBT', jogar futebol nessa sociedade machista e homofóbica em que vivemos é um ato de resistência e nós queremos cada vez mais ocupar os diversos espaços dessa sociedade", diz Neimar.
Sobre chamar o time de "gay", a atleta explica que foi uma decisão midiática.
"Tem pessoas trans, gays, que não se limitam a uma identidade de gênero", disse ao jornal O Povo.
"A gente sabe que dentro do movimento LGBT não indígena tem essa categorização, mas a gente não se preocupa tanto com essa definição."
"A gente colocou gays como uma forma de ter mais visibilidade, para ajudar na arrecadação."
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