Declaradamente homofóbico, o presidente da Zâmbia perdoou dois homens presos por fazerem sexo um com o outro.
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Para marcar o Dia da Liberdade da África, celebrado em 25 de maio, Edgar Lungu libertou 3.000 presos. Dentre eles, estavam Japhet Chabata, de 39 anos, e Steven Samba, de 31.
Ambos haviam sido condenados a 15 anos de prisão no ano passado por infringirem o código penal do pais, que que proíbe sexo "contra a ordem da natureza". A África é o continente com mais países que punem a homossexualidade.
A severa punição deixou o então embaixador dos Estados Unidos no país, Daniel Foote, indignado.
O diplomata se disse horrorizado e pediu que a legislação fosse revista. Por conta da condenação, o presidente norte-americano, Donald Trump, chamou o embaixador de volta ao país.
Ainda em 2019, em resposta aos comentários de Foote, o presidente da Zâmbia reiterou apoio à homofobia em seu país.
"Estamos dizendo não à homossexualidade. Você está dizendo que somos muito primitivos agora porque estamos desaprovando a homossexualidade? Mesmo os animais não fazem isso, então por que devemos ser forçados a fazê-lo? Queremos ser vistos como inteligentes, civilizados, avançados e assim por diante. Se é assim que você trará sua ajuda, receio que o Ocidente possa nos deixar em paz em nossa pobreza", disse.
Ignorância dupla: Lungu, além de homofóbico, não sabe que o comportamento sexual entre seres da mesma espécie já foi documentado em mais de 1.500 espécies de animais.