Morreu, nesta segunda-feira 29, por covid-19, a ativista Thina Rodrigues.
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Thina estava com 57 anos e internada na UTI do Hospital Geral de Fortaleza (HGF).
Natural de Brejo Santo (CE), Thina foi uma das maiores lideranças travestis do Estado.
Ela era presidente da Associação de Travestis e Mulheres Transexuais do Ceará (Atrac) e atuava na Coordenadoria de Diversidade Sexual da Prefeitura de Fortaleza.
Expulsa de casa aos 17 anos e presa aos 20, somente por ser travesti, Thina fundou a Atrac nos anos 2000 junto a também militante Janaína Dutra.
Ao O Povo, Thina falou sobre envelhecer como travesti, em março passado. "O que nos preocupa é que estamos vivendo um retrocesso na vida e na política, perdendo os direitos, mas mesmo assim a nossa luta continua", disse.
Em nota, a Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) lamentou o falecimento de Thina.
"Mulher, travesti, negra, militante, guerreira, presidente da Atrac deixa em nós uma imensa saudade e inúmeras recordações de luta cotidiana pela vida. A Coordenadoria Especial para a Diversidade Sexual da SDHDS tem orgulho de Thina e sente pela morte dessa mulher forte e valorosa", diz o texto.