Uma quadrilha que extorquia homossexuais e bissexuais no Distrito Federal e Entorno foi presa esta semana.
Segundo o Correio Braziliense, o grupo é formado por sete pessoas e cometia crimes há pelo menos 10 meses. Supõe-se que eles embolsaram mais de R$ 500 mil com os golpes.
Homens gays e bissexuais eram atraídos por meio de aplicativos de encontros para residências que ficam em Santa Maria (DF) e Cidade Ocidental (GO) e Novo Gama (GO), no Entorno.
Assim que entravam na casa, as vítimas eram rendidas pela namorada de um dos envolvidos e líder do grupo - que havia marcado o encontro.
Os suspeitos usavam facas e simulacros de armas de fogo para aterrorizar os homens, imobilizá-los e conseguir com que eles passassem senhas de celulares e aplicativos de bancos.
De acordo com a reportagem, após vários golpes neste esquema, o líder do grupo resolveu alugar casas só para fazer os sequestros e roubos. Ele teve ajuda da filha do dono de uma imobiliária, que fornecia as chaves dos imóveis mediante 10% do arrecadado com as vítimas.
Os celulares roubados eram repassados para um receptador, membro do grupo, dono de uma banca na Feira de Santa Maria.
O grupo confessou ter feito ao menos 40 ações criminosas desse tipo. Só em um dos golpes, um homem perdeu R$ 25 mil.
No entanto, apenas uma vítima fez boletim de ocorrência. Para o delegado responsável, a maioria das denúncias não é feita por que os homens são casados com mulheres ou são gays não assumidos.
Dos sete envolvidos, os quatro principais estão presos. Os demais foram ouvidos e confessaram participação nos crimes.
O líder chegou a comprar uma casa com o dinheiro dos golpes, pagou cirurgias para a sogra e teve vida de alto padrão, segundo o delegado.
Os suspeitos responderão por roubo, extorsão qualificada pela restrição da liberdade das vítimas e associação criminosa, o que pode gerar penas de mais de 30 anos em regime fechado.