O Peru continua a ser um dos piores países da América do Sul em direitos para homo e bissexuais. O ativismo arco-íris do país vizinho ao Brasil vive o impacto da negativa da Comissão de Justiça e Direitos Humanos em aceitar projeto de lei que tentava legalizar o matrimônio igualitário dada no início deste ano.
O órgão do Congresso da República deu 12 votos contra o avanço da proposta e dois a favor. Quatro congressistas se ausentaram.
O principal argumento é que a constituição peruana reconhece apenas uniões entre homem e mulher. O Tribunal Constitucional tem o mesmo pensamento e, em 2022, rejeitou a legalidade inclusive de casamentos homo celebrados fora do país.
A deputada federal lésbica Susel Paredes mostrou resiliência.
"A luta não termina com o arquivamento. Na defesa da liberdade e da igualdade, nada nem ninguém nos para. Os dogmas sempre fracassam, é apenas questão de tempo. Força, comunidade."
Como resposta à derrota, a Rede Peruana TLGB organiza casamento coletivo para mostrar que casais homo existem.