A parada LGBT de Tbilisi, capital da Geórgia, foi cancelada em cima da hora após ataque de religiosos e outros intolerantes. O caso ganhou repercussão nacional e o primeiro-ministro considerou que a culpa é do movimento arco-íris por querer sair às ruas.
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A marcha estava programada para ir às ruas na segunda-feira 5. Poucas horas antes, homens de organizações da extrema-direita e da Igreja Ortodoxa se uniram para impedir o evento.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram homens vandalizando a sede da entidade que promove a parada.
"É assim que o escritório da Tbilisi Pride fica por dentro depois que os radicais o invadem", escreveu um dos cofundadores da marcha, Tamaz Sozashivili, na segunda.
"Nenhuma palavra pode explicar minhas emoções e pensamentos agora. Este é meu espaço de trabalho, minha casa, minha família hoje. Deixado sozinho em face da violência bruta."
Outra cofundadora do evento, Mariam Kvaratskhelia afirmou que os organizadores estavam seguros, mas que "ao menos 10 jornalistas ficaram feridos quando membros da extrema-direita e da Igreja Ortodoxa da Geórgia invadiram a cidade ontem".
Dados mais recentes indicam que ao menos 40 profissionais de mídia teriam sido agredidos.
Vídeo divulgado por Sozashivili mostra os agressores subindo na varanda da sede e arrancando bandeira LGBT sob aplausos.
?? This is devastating to see how random ppl are destroying @TbilisiPride office while @MIAofGeorgia shows absolute impunity & ignorance! #TbilisiPride21 pic.twitter.com/b8paLAQ99Q
— Tamaz Sozashvili (@TamazSozashvili) July 5, 2021
Para o primeiro-ministro do país, Irakli Garibashvili, a culpa é da comunidade LGBT.
"A realização da chamada marcha do orgulho não é razoável, pois cria uma ameaça de confronto civil", disse o líder da nação, acrescentando que tais eventos são 'inaceitáveis' para um grande segmento da sociedade georgiana."
Ativistas acusam a polícia de assistir a tudo sem intervir.
A violent mob in Georgia attacked an office set up by the LGBTQ activists, forcing them to cancel the country's first Pride march. pic.twitter.com/DIwmNAqPxa
— DW News (@dwnews) July 6, 2021
Nesta terça, houve protesto em frente ao parlamento para denunciar a intolerância.