Estava tudo certo para a 11ª Parada do Orgulho LGBT de Floripa ser uma das melhores de todos os tempos. Uma grande comissão realizadora com 15 entidades foi formada e uma programação caprichada do Mês do Orgulho LGBT+ foi anunciada, porém o governo municipal não ajudou.
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Marcada para 10 de setembro, a marcha foi transferida para 19 de novembro por causa da prefeitura. Em nota, os organizadores informaram que a prefeitura havia se comprometido, em junho, a autorizar que o evento fosse realizado na Avenida Beira-Mar Norte.
A maioria dos 22 alvarás e licenças exigidos juntos aos órgãos públicos já estavam autorizados, incluindo a liberação do tráfego, expedida pela Guarda Municipal da Prefeitura de Florianópolis.
Entretanto, em 15 de agosto, o prefeito Gean Loureiro (PMDB) vetou o evento na via que há 10 anos recebe a marcha e sugeriu outro endereço, a Avenida Beira-Mar Continental, sob alegação de que não possui contingente policial suficiente para garantir a segurança dos participantes. A questão era pagar horas extras aos policiais. Ainda que os organizadores tivessem se comprometido a conseguir a verba para esses pagamentos, o prefeito se mostrou irredutível.
Com a possível mudança do local da parada, os patrocionadores - que bancariam inclusive uma atração nacional para se apresentar no evento - retiraram o patrocínio. Uma grande marca de cerveja também já havia fechado com o evento. A comissão organizadora decidiu, então, adiar a marcha para, até lá, continuar em negociação com a Prefeitura e conseguir a liberação da avenida.
Todas as atividades previstas para o Mês do Orgulho LGBT+, no entanto, que já começaram há uma semana, permanecem inalteradas e continuarão a ser realizadas.