Pajubá: conheça gírias gays em várias partes do mundo

App de idiomas Babbel pesquisou termos na África do Sul, Turquia e Indonésia usados pela comunidade LGBT

Publicado em 27/06/2017

Pajubá - gírias gays ao redor do mundo

Em quase todos os lugares do mundo a comunidade LGBT sempre encontra uma maneira mais divertida e particular de se comunicar. 

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Para celebrar o Dia Mundial do Orgulho LGBT, comemorado nesta quarta-feira 28, o app de idiomas Babbel pesquisou como surgiram e como se formam essas palavras usadas pela nossa comunidade e que muitas vezes se espalham para o restante da população.

No Brasil, o pajubá (ou bajubá) incorpora elementos de religiões afro-brasileiras e já foi compilado até em livro. Em Aurélia - A Dicionária da Língua Afiada (2006), de Vítor Angelo e Fred Libi, há centenas de vocábulos que expressam nossos sentimentos e impressões, como ofofi (fedor), edi (ânus) e picumã (cabelo, peruca).

Na Turquia, o lubunca tem se alastrado para fora da comunidade LGBT. O dialeto baseia-se em línguas minoritárias faladas no país, como o grego, o curdo e o búlgaro, mas principalmente no romani, idioma falado pelos ciganos (os roma). A marginalização tanto dos ciganos quanto dos LGBT talvez explique a apropriação dos termos. Alguns termos peculiares são "badem alikmak" (flertar) e "badem sekeri" (belos olhos).

Já na África do Sul, onde existem 11 idiomas oficiais e historicamente há uma divisão na sociedade entre negros e brancos, há dois dialetos usados pelos LGBT. O gayle, nascido nos anos 1950, é falado sobretudo por LGBT brancos. Os termos se baseiam no inglês e no afrikaans e incorpora elementos do polari branco e gírias norte-americanas. Algumas das palavras mais usadas são "Monica" (dinheiro, vem de "money"), Priscilla (policial), Jessica (joias) e gail (bate-papo).

A comunidade LGBT negra fala principalmente o isiNgqumo, que significa decisões. O dialeto é inspirado em línguas nguni, um grupo dentro das línguas bantu. Ao contrário do gayle, no entanto, não há muita documentação e estudos a respeito.

Lar de centenas de línguas, a Indonésia possui um dialeto LGBT chamado bahasa gay. As palavras são formadas basicamente de duas maneiras. Uma delas é adicionar -ong no final de cada termo. "Banci" que significa "mulher trans", por exemplo, vira "bancong". A outra maneira é adicionar -in- entre as sílabas. A mesma palavra "banci" em bahasa gay vira "binancin".


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