Ex-presidente dos Estados Unidos e voz ativa pelos direitos das pessoas LGBT, Barack Obama admitiu que foi homofóbico no passado.
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No primeiro volume de sua autobiografia, A Promised Land (Uma Terra Prometida, em tradução livre), Obama relembra atitudes e falas que teve na adolescência, nos anos 1970.
"Como muitos adolescentes naquela época, meus amigos e eu às vezes trocávamos palavras como 'bicha' ou 'gay' uns com os outros como rebatidas casuais - tentativas imaturas de fortalecer nossa masculinidade e esconder nossas inseguranças", escreve no livro.
Ele revela que uma tia-avó sua era lésbica e que precisava apresentar a esposa como "amiga íntima" para a família.
"Eu cresci nos anos 70, uma época em que a vida LGBTQ era muito menos visível para aqueles de fora da comunidade, de modo que a irmã da [minha avó] Toot (e uma de minhas parentes favoritas), tia Arlene, sentia-se obrigada a apresentar sua parceira de 20 anos como 'minha amiga íntima Marge' sempre que nos visitava no Havaí."
Obama, relata, no entanto, que posteriormente foi apresentado ao universo LGBT e sua visão mudou.
"Depois que entrei na faculdade e me tornei amigo de colegas estudantes e professores que eram abertamente gays, percebi a discriminação e o ódio explícitos a que estavam sujeitos, bem como a solidão e a insegurança que a cultura dominante lhes impunha. Senti vergonha do meu comportamento anterior - e aprendi a fazer melhor."