Anunciado na segunda-feira 8 como novo titular do Ministério da Educação, Abraham Weintraub parece ter uma masculinidade frágil.
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Em 2015, o novo ministro processou um aluno da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde é professor, por achar que ele insinuou que fosse gay.
Na ação, que foi indeferida pela juíza Debora Romano Menezes, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível do fórum de Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, Weintraub processou Mateus de Melo Sampaio.
Segundo a Veja, um grupo de e-mail discutia mudanças na administração do campus da universidade. Sampaio escreveu que "briguinhas de casal" não deveriam ser enviadas ao grupo, em referência a discussões entre professores que haviam sido postadas.
Weintraub alegou que o estudante fora preconceituoso e lhe atrubuiu de forma pejorativa a condição de homossexual.
Para a juíza, no entanto, o comentário não foi direcionado ao novo ministro. "Do mesmo modo, tampouco é possível extrair do conteúdo do e-mail a finalidade de dirigir ao requerente, ou a qualquer dos interlocutores, a adjetivação de homossexual."
De acordo com a magistrada, a expressão "briguinhas de casal" faz referência a uma "discussão tola, sem importância". Ela frisou que, nas discussões, havia diversos comentários jocosos, que faziam referência até ao filme Guerra nas Estrelas. Para ela, houve apenas uma brincadeira entre alunos, "sem aptidão para ofender a honra do requerente e sem qualquer consequência de relevo que justifique a pretensão indenizatória".