Enquanto o ativismo arco-íris cultiva o esporte de embaralhar letras do alfabeto e sinais matemáticos (+) na sigla, sem preocupação alguma se isso está ou não sendo assimilado pelas pessoas, um segmento histórico mal é entendido.
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Pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva identificou que 49% dos brasileiros não sabem o que significa ser uma pessoa trans. Somente 20% responderam "saber bem" do que se trata este termo.
Dentre os que sabem, 49% são favoráveis a que transexuais tenham direito de alterar seus nomes em documentos de acordo com o gênero com o qual se identificam - mulheres (52%) são mais favoráveis que homens (46%).
O mesmo percentual - 49% - também é favorável que as pessoas trans tenham direito de fazer cirurgia de redesignação sexual pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Direito de transexuais usarem o banheiro de acordo com sua identidade de gênero foi apoiado por 47% das pessoas - 50% das mulheres e 42% dos homens.
Outro dado revela que 49% dos brasileiros afirmam que "aceitariam numa boa se um dia o filho ou a filha decidisse mudar de sexo". As mulheres são mais abertas à aceitação: 55% das mães concordam com esta afirmação, contra 44% dos pais que concordam com esta afirmação.
"Embora ainda haja uma grande parcela da população que desconhece quem são os transgêneros, há, entre aqueles que os conhecem, uma melhor aceitação em relação às conquistas dos direitos dessas pessoas, principalmente entre as mulheres, em questões como mudança de nome, utilização do sistema público de saúde para mudança de sexo e utilização de banheiros públicos", afirma Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.
A pesquisa ouviu 1.600 pessoas, com 16 anos ou mais, nas regiões metropolitanas em todas as regiões do País.